Guia prático de acessibilidade digital

Guia prático de acessibilidade digital: como garantir um site acessível para todos

No Brasil, há cerca de 18,6 milhões de pessoas de dois anos ou mais com deficiências, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Portanto, garantir a acessibilidade digital é um recurso extremamente importante para oferecer uma experiência positiva e inclusiva para todos os usuários.

Pensando nisso, montamos um guia rápido e prático – com base nas Diretrizes de Acessibilidade de Conteúdo da Web (WCAG) – para desenvolvedores, designers e produtores de conteúdos empenhados em tornar o site acessível. Confira a seguir!

O que é acessibilidade digital?

Em resumo, a acessibilidade digital é um conjunto de práticas e recursos que cria um ambiente inclusivo e permite que todas as pessoas (sobretudo com deficiência ou algum tipo de limitação) possam acessar e interagir com sites, aplicativos e páginas da internet sem barreiras que impossibilitem o acesso.

Um estudo apontou que dos 26,3 milhões de sites ativos no Brasil, apenas 2,9% foram aprovados no teste de acessibilidade. Sendo assim, a ideia é participarmos ativamente para mudar essa realidade e contribuir com a acessibilidade digital, seguindo diretrizes e padrões reconhecidos no mundo inteiro.

Guia prático de acessibilidade para sites

Mulher sentada ao lado de um homem em uma cadeira de rodas entrando em sites acessíveis através do notebook que está no colo dele.

Com a intenção de tornar os conteúdos online acessíveis para todos os usuários, principalmente para pessoas com deficiências – como perda auditiva, surdez, baixa visão, cegueira, limitações cognitivas, etc. –, a organização de padronização World Wide Web Consortium (W3C) desenvolveu e atualiza com frequência o WCAG (Web Content Accessibility Guidelines ou, em português, Diretrizes de Acessibilidade de Conteúdo da Web).

Com base no documento, selecionamos algumas recomendações que tornam os conteúdos acessíveis e melhoram consideravelmente a experiência do usuário. Veja as principais diretrizes e critérios baseados nos 4 princípios da acessibilidade!

Perceptível

Neste princípio, todas as informações precisam ser percebidas por qualquer usuário, ou seja, devem estar visíveis para todos os sentidos. Nele, há 4 diretrizes:

  1. Alternativas de texto: Os conteúdos que não forem textuais precisam de alternativas em  texto que possam ser acessados em outros formatos, como braille, letras grandes e símbolos.
  2. Mídia baseada em tempo: Quando se tratar de um conteúdo baseado em tempo (como áudio e vídeo) é essencial que tenham legendas pré-gravadas ou ao vivo, descrição de áudio, língua de sinais ou outra alternativa que possibilite o entendimento de forma clara.
  3. Adaptável: O ideal é criar conteúdos que possam ser facilmente adaptados para outros formatos, sem perder informações importantes ou a estrutura. Um exemplo é apresentar as ideias em uma sequência lógica e descrever controles pelos nomes e não pela aparência, como a cor.
  4. Distinguível: Os usuários devem conseguir separar as informações do primeiro plano e do plano de fundo, tanto em áudios quanto em texto. Usar controle de áudio para conteúdos automáticos, por exemplo, ajuda o usuário a desligar ou abaixar o volume quando quiser.
Ilustração demonstrando conteúdos acessíveis para pessoas com deficiências ou limitações.

É importante lembrar que cada uma das diretrizes possuem “critérios de sucesso” que podem ser testados em sites para atender a diferentes públicos. Confira os critérios de sucesso para deixar as informações perceptíveis.

Operável

O principal objetivo desse princípio é que todas as funcionalidades das páginas sejam facilmente operáveis, sem ações que não possam ser executadas por todos os usuários. As 5 diretrizes são:

  1. Teclado acessível: O ideal é que todas as funcionalidades possam ser acionadas por meio de um teclado. Dessa forma, os usuários podem usar objetos de entrada de fala ou outras tecnologias assistivas.
  2. Tempo suficiente: O usuário precisa ter tempo suficiente para ler e entender o conteúdo, portanto, é preciso que não haja limite de tempo ou que exista a possibilidade de ajustá-lo, conforme cada necessidade.
  3. Convulsões e reações físicas: Existem conteúdos visuais que podem desencadear convulsões ou outras reações. Sendo assim, é necessário evitar conteúdos que pisquem mais de três vezes por segundo, além de seguir as outras recomendações importantes sobre flashes e animações.
  4. Navegável: Nas páginas precisam haver informações que ajudem o usuário a navegar, encontrar conteúdos e se localizar com facilidade.
  5. Modalidades de entrada: É recomendado que as funcionalidades também possam ser operadas por outros dispositivos de entrada, além do teclado.

Veja quais são os critérios de sucesso para ter um site operável.

Compreensível

Ilustração com elementos que deixam o conteúdo mais acessível.

Em todos os casos, os usuários devem ser capazes de entender as informações com facilidade, inclusive de como operar a interface. Nesse princípio há 3 diretrizes:

  1. Legível: O conteúdo precisa estar legível para os usuários e para a tecnologia assistiva. Por isso, é importante usar recursos (como indicar o idioma da página ou definir os termos incomuns e jargões) que facilitem a compreensão.
  2. Previsível: O ideal é apresentar os conteúdos em uma ordem previsível, sem mudanças contextuais quando alguma ação é executada, como dar foco em algum elemento.
  3. Assistência de entrada: Oferecer métodos claros que permitam que as pessoas evitem ou corrijam possíveis erros.

Entenda quais são os critérios de sucesso de conteúdos compreensíveis.

Robusto

Esse princípio indica que os conteúdos precisam ser acessíveis e bem interpretados ainda que as tecnologias assistivas avancem. A única diretriz é:

  1. Compatível: Maximize o suporte à compatibilidade com agentes de usuários, tanto os atuais quanto os futuros.

Acesse os critérios de sucesso de conteúdos robustos.

Por que investir em acessibilidade digital para sites?

Ter um site acessível não só contribui para a inclusão digital e melhora a experiência dos usuários – principalmente com algum tipo de deficiência –, como também coloca a sua empresa em destaque, se posicionando como uma marca inclusiva, inovadora e socialmente responsável.

Além disso, a acessibilidade também é uma excelente aliada do SEO (otimização para mecanismos de busca) e para expandir o seu público-alvo.A sua empresa ainda não tem um site acessível? Entre em contato com a Arkler e vamos, juntos, implementar a acessibilidade digital nos seus conteúdos!

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